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Brincar ao ar livre, correr, pular, subir em árvores já deixou de fazer parte da infância de muitas crianças. Jogos eletrônicos substituem as movimentadas brincadeiras em grupo e ambientes fechados têm se tornado o novo playground de uma infância cada vez mais curta. Mas há consequências. Um estudo recente feito na Inglaterra mostrou que, em comparação à geração de 10 anos atrás, as crianças de agora têm menos habilidades físicas e motoras. Segundo a pesquisa, o desempenho mais fraco tem a ver com o atual estilo de brincar da criançada, tanto na escola, quanto em casa.
Outro levantamento, realizado por uma universidade de Amsterdam, também comprova a tese - só que pelo lado oposto: crianças que fazem mais atividades físicas apresentam melhor desempenho na escola. A informação reforça a importância da atividade física em qualquer etapa da vida.
A psicóloga educacional Evelyn Cristina Guelfi faz um alerta aos pais sobre a importância de dosar os diferentes tipos de brincadeiras. "Quando a criança apenas se diverte e recebe estímulos de jogos eletrônicos, ela perde a oportunidade de desfrutar e crescer com experiências fundamentais para um desenvolvimento saudável que vem através das brincadeiras lúdicas".
Para Wilton Santana, professor adjunto do Curso de Esporte da Universidade Estadual de Londrina e Doutor em Educação Física pela Unicamp (SP), o brincar ao ar livre contribui de forma decisiva para o desenvolvimento físico e motor da criança. "De modo geral, crianças que têm o hábito de brincar acabam desenvolvendo as chamadas capacidades coordenativas, relacionadas ao controle e à organização dos movimentos. Além disso, ao brincarem, desenvolvem indiretamente capacidades físicas como força, velocidade e resistência".
De acordo com Santana, os benefícios não se refletem apenas na parte física. "Crianças precisam brincar para estabelecer e ampliar laços sociais, morais e afetivos com outras crianças. Crianças que brincam têm a oportunidade de conhecer e afirmar sua personalidade", aponta.
Essa conscientização da importância das brincadeiras lúdicas tem crescido e, uma de suas tendências, é a valorização do contato com a natureza.
Famílias, escolas e até mesmo shopping centers têm investido em um "brinquedo" que já fez parte dos sonhos da maioria das crianças: uma casa na árvore.
A empresária Poliana Moufarrege, que mora na Chácara Flora, em São Paulo, optou por aproveitar o verde do bairro e ter uma casa na árvore para que toda sua família pudesse aproveitar. Inclusive ela mesma, como "confessa".
"Era um sonho de criança, que estamos realizando com filhos e sobrinhos. Todo mundo fica encantado. Não é um brinquedinho qualquer. É uma casa para crianças. É diferente e é de alta qualidade", afirma.
O projeto de ter uma casa na árvore tem atraído também quem mora ao lado de mais pessoas. Cleber Patricio Tonus é síndico de um condomínio em Bauru, no interior de São Paulo e conta que o equipamento de lazer foi um excelente investimento em todos os sentidos.
"A aceitação foi muito boa não só entre as crianças, mas pelos adultos também. Nossa casa na árvore tem beleza, porte e funcionalidade. E, além de tudo isso, valoriza a área de lazer do condomínio e reproduz um sonho de todo adulto que mantém sua criancitude", diz.
Além de terem realizado um sonho - não só para eles, mas para diversas pessoas -, os dois entrevistados acima ainda têm mais pontos em comuns. Seus projetos foram executados pela mesma empresa especializada - a Casa na Árvore, que constrói residências elevadas, mirantes e playgrounds nas regiões sul e sudeste do Brasil.
A tendência de brincadeiras mais lúdicas e em contato com a natureza tem atraído até mesmo empreendimentos localizados em áreas essencialmente urbanas. É o caso do Shopping Cidade Jardim, que fica no Morumbi, em São Paulo.
Segundo Renata Fava, superintendente, a ideia do shopping, com a construção de um dos projetos da Casa na Árvore, foi oferecer uma alternativa para que as crianças possam interagir mais umas com as outras e também tenham a oportunidade de aproveitar a vida ao ar livre com seus pais.
"A aceitação do público infantil, e também do adulto, foi ótima. Para muitas crianças essa foi a primeira experiência de brincar em uma casa da árvore, uma vez que vivem em uma cidade grande como São Paulo onde não existe tanto espaço para esse tipo de atividade. Os pais também se encantaram porque a casa remete à própria infância e, além disso, passaram um tempo ao ar livre com seus filhos. Para muitas crianças a casa se tornou uma parada obrigatória em sua visita ao Cidade Jardim", explica Renata Fava.
Ricardo Brunelli, proprietário da Casa na Árvore, que tem construído casas em vários estados, como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, revela que, apesar da empresa oferecer diferentes tipos de projetos, todos acabam tendo a mesma finalidade.
"Uma casa na árvore é, antes de qualquer definição, a realização de um sonho. Ela agrega a família, reforça laços, possibilita a descoberta de um mundo mais simples e feliz além das diversões eletrônicas. Além de tudo isso, cria condições para que as crianças - de todas as idades - se brinquem de maneira criativa e tenham benefícios diretos para a saúde. E, é claro, é um trabalho artesanal e personalizado, como todos os sonhos são".